Os prós e os contras da agricultura urbana
A agricultura é conhecida por ter uma história rica, que é homenageada pelas gerações atuais, muitas das quais seguem os passos dos seus antepassados. Mas qual é a realidade por trás da agricultura familiar? E quais são as vantagens de crescer juntos, como uma árvore genealógica perene?
Quando pensa em agricultura, o que vê na sua mente? Estereotipicamente, imagina-se uma quinta com uma paisagem perfeita no fundo. No entanto, uma realidade muito crescente é a da agricultura urbana: esta consiste simplesmente em atividades agrícolas, como a plantação de culturas e a criação de animais, que ocorrem na cidade. A crescente popularidade da agricultura urbana na última década está relacionada com a crescente taxa de urbanização mundial e com o aumento da consciência sobre os benefícios da agricultura urbana. Então, sem mais delongas, vamos detalhar as vantagens – e eliminar as desvantagens aborrecidas! – da agricultura urbana. Entre e aproveite o passeio!
O que é a agricultura urbana?
Como mencionado, a agricultura urbana redefine o cenário arquetípico da agricultura. Mas de onde surgiu? E quantos tipos de agricultura urbana existem no mundo atualmente?
Bem, na verdade a agricultura urbana surgiu há milhares de anos. É isso mesmo, a agricultura urbana existe desde que a civilização humana construiu as suas primeiras cidades - em 3500 AC. Avançando rapidamente 2022, e os dados indicam que até 2030, 70% da população mundial viverá em cidades. Isso explica a evolução natural da agricultura urbana em todo o mundo; juntos, exploraremos os inúmeros benefícios da agricultura urbana para as comunidades urbanas bem como os desafios que representa.
Mas antes de mais nada: que tipos de agricultura urbana existem na nossa própria porta de entrada – e além dela? Esta forma popular de agricultura varia de paredes verdes a estufas, de paisagens de ruas e jardins a quintas verticais e de jardinagem florestal urbana a plantas cultivadas (e animais criados) no seu próprio quintal.
As vantagens da agricultura urbana
Na BKT, somos defensores acérrimos da “abordagem glocal” da agricultura. A agricultura urbana oferece amplas oportunidades ao empreendedorismo local, e dá às pequenas empresas iniciantes o espaço para prosperar. A agricultura é um dos maiores empregadores do mundo, e não há dúvida de que o aumento da agricultura nas áreas urbanas aumenta significativamente as taxas de emprego. Portanto, pode-se dizer que uma das vantagens mais significativas da agricultura urbana é seu valor económico.
Além disso, as formas de agricultura urbana acima mencionadas não são necessariamente comerciais; existem muitos projetos comunitários que não são fundados com fins lucrativos, mas para fornecer os setores mais pobres da comunidade. A agricultura urbana, desempenha, portanto, um papel crucial na luta contra a pobreza, pois resulta em fontes locais de alimentos mais acessíveis – e nutritivas, criando em simultâneo um sentimento de conexão e camaradagem nas comunidades urbanas. Por exemplo, a Social Farms & Gardens é uma instituição de caridade sediada no Reino Unido que “ajuda as comunidades a cultivar, jardinar e a crescer juntas” – e oferece uma variedade de oportunidades para as pessoas se envolverem, aprenderem, crescerem e retribuírem. Tais iniciativas agrícolas comunitárias refletem-se em países do mundo inteiro.
Além disso, a agricultura urbana é valorizada pelos seus muitos benefícios ambientais. Dependendo de como é gerida, a agricultura urbana pode oferecer uma solução eficiente para as necessidades alimentares locais – e eficiência é sinónimo de sustentabilidade. Desde a redução do uso de energia (incluindo o armazenamento e transporte de produtos) à redução do uso de água (através de irrigação sustentável e reciclagem de água), a agricultura urbana é a base de processos sustentáveis inovadores. As quintas verticais, por exemplo, são um método de cultivo altamente eficiente que resulta diretamente num maior volume de produção de alimentos. Esse ambiente urbano cuidadosamente controlado permite que os agricultores acompanhem o aumento da demanda de alimentos, além de proteger as plantações das varáveis externas, como as condições metrológicas e doenças.
Não é segredo que as áreas urbanizadas são famosas por serem particularmente “hostis” para o meio ambiente; as cidades estão repletas de poluição e, como enfrentamos a quarta revolução industrial, é improvável que a situação se reverta tão cedo. No entanto, a agricultura urbana pode ser o contrapeso final: desde plantas que emitem oxigénio para a atmosfera, compensando quaisquer gases com efeito de estufa, a terrenos baldios urbanos transformados em espaços inovadores e sustentáveis.
As desvantagens da agricultura urbana
É claro que os benefícios sociais, económicos e ambientais da agricultura urbana tornam-na um desenvolvimento excitante e rentável do setor agrícola – e ainda está em fase de evolução! No entanto, isso não significa que a agricultura urbana não tenha os seus inconvenientes.
Uma das principais causas de preocupação são os riscos de saúde e segurança associados à agricultura urbana. Devem ser tomadas medidas mais rigorosas para evitar a contaminação dos alimentos e da água; como mencionado anteriormente, as áreas urbanas estão mais expostas a poluentes e agentes patogénicos de origem alimentar. No entanto, quintas urbanas em todo o mundo estão a tomar medidas significativas para evitar a propagação de doenças, garantindo a segurança do cliente como prioridade absoluta.
Mesmo assim, é inegável que tal rigor representa um desafio maior para as quintas urbanas em países em desenvolvimento que possuem menos recursos. Uma crítica específica à agricultura urbana é que, apesar dos seus esforços, nem sempre é tão inclusiva para as comunidades mais pobres quanto dizem. Juntos, devemos dar passos decisivos em direção à igualdade, para que a produção urbana seja acessível a todos.